quinta-feira, 3 de julho de 2008

No capítulo V, intitulado, “No Trem”, Rupert Birkin é convocado a Londres e, para sua surpresa, Gerald Crich irá lhe fazer companhia. Todo o capítulo é feito de um enorme diálogo filosófico na viagem de trem onde é feita uma análise psicológica dos dois personagens; nele, os conhecemos a fundo.

Rupert Birkin: Representa o socialista, influenciado, provavelmente, pelas idéias de Karl Marx, e um humanista daqueles que anseiam passar pela vida e deixar sua marca.

Gerald Crich: Ateu e materialista a favor do progresso tecnológico não importa o preço. Ele é convicto das próprias idéias sabendo que Birkin não se sente da mesma maneira que relação às suas. Se sente superior.

O diálogo inicia baseado num ensaio dum jornal local cujo foco era fazer as pessoas pensarem na necessidade urgente de mudanças na sociedade, na forma de pensar a sociedade sob pena dela ruir no nada. Gerald, claro, discorda, pois é conservador e vê as pessoas como gado sustentando suas riquezas. Já Birkin se preocupa com o proletariado, principalmente, as minas de carvão do país de Gales.

Depois, discutem sobre o objetivo da vida. Gerald acha que objetivo da vida é simplesmente viver, enquanto que Birkin pensa diferente. Suas próprias palavras: “Para mim, o amor é uma finalidade”, revelando que precisa amar alguém, mas tem medo que a humanidade sucumba.

Por fim, ao chegarem em Londres, os dois pegam o mesmo táxi e, Birkin, ao perguntar a Gerald Crich se ele não se sentia um condenado na pequena prisão ambulante (o táxi) vendo a rua sem graça. Em resposta negativa, Birkin diz: “Pois isso é a morte, nem mais nem menos”.

Neste livro vê-se as próprias idéias de D. H. Lawrence. Seus personagem são impregnados de apologia ao socialismo, retratando as difíceis condições dos trabalhadores e é considerado, por muitos críticos, um revolucionário. Este livro foi publicado em 1921, mas em 1914 ele já estava pronto, mas não foi publicado por ter, nesta época, iniciado a primeira guerra mundial, já meio que, profetizada através do medo de Birkin pelo fim da humanidade.

Imagem da Destruição da Primeira Guerra Mundial

Até à próxima...

sábado, 28 de junho de 2008

Mulheres Apaixonadas de Lawrence (1921) 1ª Parte


Comecei, neste mês de junho, a ler um livro que comprei em janeiro de 1999: Mulheres Apaixonadas de D. H. Lawrence, escritor inglês do início do século XX. Este livro pertence à coleção "Imortais da Literatura Universal".
Notei nele, traços realistas e um leve naturalismo, a descrever cenas de pobreza em Beldover, cidade interiorana da Inglaterra. Vi a humilhação que pessoas simples que trabalhavam com mineração a exemplo da história de "Germinal", tinham que passar humilhações para conseguir comida; e comoessas pessoas eram ignoradas e, até mesmo, evitadas pelas pessoas mais abastadas. Quanto ao naturalismo, Lawrence descreveu sentimentos que afloram constantemente em nosso corpo, como por exemplo, a cena em que Grundun sentiu desejo de nadar junto com Gerald Crish.
No primeiro capítulo chamado de "As Irmãs", Grundun e Úrsula debatem sobre casamento. A última acabara de chegar de Londres onde havia estudado (As duas irmãs eram professoras) trazendo idéias modernas como, por exemplo, o liberalismo feminino.
As duas, depois disso, foram a casamente do filho dos Crich, Lupton, onde se revela o desejo de Úrsula, de 26 anos, por Rupert Birkin, o qual terá que disputá-lo com Hermione Roddice, mulher soberba que anseia o tempo todo estar perto de Birkin para tocá-lo.
No segundo capítulo "Shortlands", acontece a festa do casamento da casa dos Crish onde há um debate iniciado por Hemione sobre nacionalismo e raça com pitadas de materialismo: corrente filosófica em voga na época.
Já no terceiro, vemos Úrsula dando aula de botânica numa escola em que Rupert Birkin é diretor. Hermione aparece, discute com Birkin e vão embora deixando, desejosa e sozinha, a professora Úrsula.
Já no último capítulo que li ontem, há a cena de natação matutina de Gerald Crish.

SEMANA QUE VEM A HISTÓRIA CONTINUA...

terça-feira, 10 de julho de 2007

A morte dos reis

Terminei hoje de ler o segundo volume de "O imperador : a morte dos reis". Para quem gosta de história e literatura, um romance histórico é uma leitura apaixonante. No primeiro volume (Os portões de Roma), vemos Caius e Marcus ainda crianças e meio a muitas confusões a aventuras suas brigas com o vizinho Suetônio. Acontece uma rebelião de escravos onde o pai de Caio morre obrigando-o a viver com o tio Mário, cônsul de Roma. No livre que terminei hoje, Caio começa a trabalhar em galeras romanas patrulhando o mar Mediterrâneo na busca de piratas, Caio é seqüestrado e quando se livra monta uma legião para se vingar. Na volta para casa encontra rebeldes gregos lutando pela independência, e quando os vence, em Roma é eleito tribuno militar. O livro conta com detalhes o modus vivendi romano, seus costumes, seus deuses, descreve com detalhes a cidade de Roma, suas ruas e labirintos. É verdadeiramente uma volta ao passado ao mesmo tempo glorioso e cheio de corrupção no senado. Vale ou não a pena ler. Agora vou para o próximo volume (Campo de Espadas).